Observação
de Cetáceos
Por estarem
situados no meio do Atlântico os Açores situam-se também na rota
migratória de muitos cetáceos, quer baleias quer golfinhos, sobretudo
cachalotes, do mesmo modo que são também habitat rico de inúmeras
espécies de peixes. A baleia, bem como a indústria baleeira desempenhou
um papel importante na história e cultura do arquipélago dos Açores.
baleeiros americanos visitaram as ilhas no século XVIII e no século
seguinte a indústria baleeira já se desenvolvera por todo o arquipélago.
Os baleeiros açoreanos levavam um modo de vida duro e sustentavam
a reputação de serem fortes, bravos e corajosos: até à extinção
da actividade da caça à baleia, já na década de 80 foram sempre
usados os botes abertos (inicialmente à vela, depois puxados pelas
lanchas) e os arpões de mão.
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Será importante lembrar que
nos Açores a época de observação de cetáceos é ditada não pelos
ritmos migratórios dos cetáceos mas sim pelas condições atmosféricas.
Sendo assim fica reservada ao período entre os meses de Maio e Outubro.
Existem cerce de 80 espécies de baleias no mundo e nos Açores podem
observar-se 21, sendo normal encontrá-las em todo o arco do ano
nos mares açoreanos. De todas as 21 espécies, o encontro com uma
baleia azul, o maior mamífero na terra, é certamente uma experiência
inestimável.
Dito isto é fácil perceber porque os Açores estão entre os 3 melhores
locais do mundo no que diz respeito à observação de cetáceos.
Dispersas
estrategicamente em pontos altos da costa estão diversas vigias
a partir de onde se antecipa e controla visualmente a passagem dos
cetáceos. Destas vigias estabelece-se comunicação com as sedes e
também directamente com os barcos, normalmente semi-rígidos, que
conseguem assim levar em tempo real os passageiros ao local onde
foram observados os cetáceos. Todavia, o código de ética entre as
agências de whale watching permite apenas que as embarcações se
aproximem até 50 metros das baleias. No caso dos golfinhos as distâncias
permitidas são bem diferentes, sendo que, em condições ideais chega
mesmo a ser permitido nadar junto com eles (em grupo não maiores
de três pessoas e devidamente acompanhado de um instrutor).
Além
dos cetáceos também é por vezes possível observar nas águas dos
Açores algumas espécies de tubarões, peixes-espada, merlins, ou
tartarugas.
A observação de cetáceos é
um factor de grande relevo na compreensão e preservação da vida
destes animais. As actividades de whale watching desenvolvem sérios
esforços neste sentido e para tal devem exercer-se de modo a não
perturbar o ambiente natural em que vivem estes animais. Quem quer
que tenha a possibilidade de o fazer percebe a razão pela qual estas
espécies necessitam de respeito e protecção. Assim sendo deve cumprir-se
sempre a máxima do “Respeito pela Natureza”.
Pode encontrar-se informação
sobre os cetáceos e agências de whale watching dos Açores em
www.dirkzijn.nl/nova-atlantis/index2.htm
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O CACHALOTE
Os Açores são conhecidos, em particular, pela presença
constante nas suas águas de cachalotes. Libertos do estigma
da caça à baleia e beneficiando das águas limpas, profundas
e abundantes em alimento, as baleias viajam pelo arquipélago
durante todo o ano sendo facilmente avistáveis e tornando
os Açores num dos melhores locais de observação de cachalotes
do mundo.
Os cachalotes são as maiores das baleias de dentes: os
machos podem atingir as 44 toneladas de peso e os 18 metros
de comprimento. São bastante fáceis de identificar pelo
espirro de água que emitem a partir do orifício situado
na canto esquerdo da sua cabeça quase em forma de caixa.
Possuem também um barbatana dorsal triangular arredondada
que lhes é única e que se situa a cerca de dois terços entre
a cabeça e a cauda. Quando partem à procura do seu alimento
favorito, a lula gigante, conseguem mergulhar a 2000metros
de profundidade e permanecer submersos durante mais do que
uma hora.
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